Modos de Ver
O documentário se inicia pontuando que "ver" depende de hábito e de convenção, e ao longo do próprio vídeo exibe isso, a princípio, ao apontar como as pinturas tradicionais, usam convenções de perspectiva na qual tudo se concentra no olho do espectador. Em contraponto, surge a fotografia, que rompe essa centralização visual, gerando novas percepções, uma maior mobilidade, democratizando o acesso as obras ao reproduzí-las e disseminá-las de modo separado de seu contexto fixo de origem, contexto esse que passa a ser mutável e usável para quaisquer finalidades, mediante manipulações associadas a focos, música, palavras, seus arredores, entre outros. Ademais, essas reproduções geram a oposição réplica e autêntico, que elenca o ponto da mistificação, tendo em vista que há uma expectativa de que o observador seja capaz de sentir a diferença frente à obra original, mesmo que muito desse suposto efeito venha de pura reverência dado o caráter histórico e mercadológico da peça. Além disso, a propagação das obras permite interpretações individuais, associadas aos termos, sentidos, e experiências de cada observador, reduzindo o privilégio comumente dado à generalização e ao preciosismo vocabular e artístico dos críticos de arte em suas análises.
Algumas Questões Sobre o Tema:
1-como é imposta a visão mistificada e reverencial da arte?
2-como se rompe esse modo ver?
3-pode-se afirmar que, quando se vê realmente a obra, cada pessoa apresenta uma visão única da peça?
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