O Retorno de Vilém Flusser


      Partindo das questões que levantei na análise da palestra, é evidente que a leitura passada serviu para lançar uma luz sobre a palestra como um todo, primeiramente, acerca do questionamento "seria o texto também anti-político?", ignorando a ideia original de anti-político relativa ao contexto de pólis, no texto "Nossa Imagem", Flusser ratifica e explica melhor isso, ao afirmar que, no passado os textos eram utilizados para decodificar a imagem, todavia, os textos deixam de desmitificar as imagens e passa a se pensar em função do texto, surgindo então a tecnoimagem que torna imaginável a mensagem dos textos. Quanto ao segundo questionamento, "a fotografia realmente não possui um ponto de vista político?" esse também foi sanado frente a leitura e as discussões em aula que adentraram o conceito de "político" para ele, perdendo assim o sentido da questão. Já sobre o terceiro questionamento: pode se dizer que a visão de diferentes pontos de vista rompe a alienação?, distanciando-se um pouco da ideia original da pergunta(cuja resposta é de certo modo sim), na palestra, Vilém afirmara que a imagem aliena e que o texto a decodifica, já em Nossa Imagem, expõe que o texto passa a alienar e a tecnoimagem vem para decodificá-lo tornando-o imaginável, nesse viés, tais mecanismos parecem se complementar, mas ao mesmo tempo parece haver uma eterno instrumento alienante e um para "desalienar" mas que também pode alienar, sendo assim, é realmente possível romper essa espiral de desinformação e ignorância, permitindo-se realmente obtermos conhecimento ou a informação sempre apresenta nuances e máscaras que não visualizamos independente da forma como é transmitida?



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