Cibele M. Ferreira em Ateliê Integrado de Arquitetura-UFMG

    Nessa dinâmica bem parecida com uma meditação guiada, fui capaz de perceber nuances do meu espaço e do meu corpo que nunca tinha prestado atenção, que muitas vezes passam despercebido, o tamanho, a ventilação, a iluminação, a temperatura, o piso, a sensação do ambiente sobre os pés tanto com os olhos fechados quanto com eles abertos, tudo parecia propiciar uma "abertura" para a parte final em que deitamos no chão, como se finalmente nos conectássemos com o local, sentindo-o nos dedos, costas, cabeça etc, permitindo um relaxamento bem profundo. Em seguida, quando anotei a primeira coisa que se passou na minha cabeça após a experiência, escrevi "muito claro, muito aberto, muito fresco, muito livre, apenas muito, mas sem excessos", que meio que mistura minha percepção direta e mais metafórica de mim e do espaço que aconteceu no processo. Enfim, foi muito interessante, talvez implemente no meu dia a dia pra me conectar mais comigo e com o espaço ou só pra desestress...

           A obra Pina ao mesmo tempo em que homenageia Pina Bausch levanta pontos sobre a dança-teatro, o corpo e a expressão, sobre como a linguagem do corpo é capaz de expressar determinadas ideias, sentimentos e histórias de formas que palavras seriam incapazes de transmitir plenamente. Além disso, ao longo do filme fica evidente os detalhes das composições, as nuances dos movimentos em si e do que os acompanha e realça, como os focos de luz, as roupas leves, a música, os cabelos e elementos como água, terra, cadeiras, mesas, tecidos e câmeras com os quais os dançarinos interagem e incorporam na apresentação, em alguns casos sendo os dançarinos os "objetos" ou uma espécie de "cenário dinâmico". Vale ressaltar que, o estilo de dança exibido hipnotiza o expectador, que por sua vez se vê preso no sentimento que é passado, seja ele dor, medo, felicidade ou solidão, os dançarinos os transmitem de modo único. Obs: gostei bastante do filme, as danças eram real...

      No documentário Marina Abramovic: The Artist is Present, comenta-se sobre a performance The Artist is Present, na qual a artista se encontra literalmente na obra, e sobre como obras supostamente simples, que são "nada" exigem um comprometimento e esforço exorbitantes, além de um minucioso trabalho para possibilitá-las. Convém comentar o ponto levantado acerca de performances, arte na qual o objeto central e que expressa algo é o corpo, no caso de Marina, em certas obras provocando e desafiando o público a olhá-la e tocá-la, e na performance supracitada conectando-se ao espectador, que de certa forma deixa de ser mero espectador, ao formar uma ligação com a artista pelo olhar, dentro de um espaço que a performance torna diferenciado, contribuindo para criar uma experiência individual para cada pessoa que participa, ganhando assim uma força.  OBS 1: A Marina levanta uma pergunta frequente sobre o assunto "por que isso è arte?", não que eu seja uma especialista e...

      Depois de muitas tarefas com dor e sofrimento, tivemos que desenhar rapidamente seguindo certas instruções bem abertas baseadas na instrução Sem Título(1997) de Koo Jeong-A , nisso surgiram diversas versões partindo da mesma "receita" dependendo das decisões, espaço e interpretações de cada um, no meu caso, o desenho foi esse:     Pra explicitar o que foi dito anteriormente , segue o link com os resultados dos alunos que fizeram a prática, todos seguindo as mesmas direções mas com resultados bem diferentes: https://docs.google.com/presentation/d/1SdAUEAKqOYXhhWBmeyl4IaVZtngnKzIdcvaUEGhUuSk/edit#slide=id.gdd808db7f6_0_77

      Bem, mais uma vez tentando aprimorar o trabalho com base nas críticas anteriores (obrigada aos professores e aos colegas que tiveram coragem de criticar, ajudaram muito KKKK), em especial sobre a fonte, diagramação e sobre a "quebra do sentido da tensão", resumindo, consegui criar a tensão que eu queria, mas o texto quebrava e não harmonizava. Portanto, tentei mudar o sentido da tensão, o que a princípio me incomodou MUITO, mas que eu sabia que ia me dar mais espaço pra organizar a parte textual, e depois de um tempo eu achei mil vezes melhor. Porém, para o meu eterno desgosto, o photoshop resolveu que simplesmente não ia mais salvar meu arquivo no formato de gif, depois de horas tentando achar o erro, buscando tutoriais pra consertar e testando 1001 coisas, salvei em vídeo e perdi boa parte da qualidade da imagem kk, mas vida que segue, na hora de visualizar peço encarecidamente que clique no botão direito do mouse e selecione a opção "loop" pra aliviar meu ó...

    Como tarefa, foi pedido uma segunda rodada de "animação cartazal" com base na análise dos trabalhos em sala, pra isso tentei absorver as instruções, entender realmente o conceito e o que eu queria passar, pra que serve cada elemento etc, tudo isso com a ajuda dos princípios que já vimos. Portanto, pensando na ideia que algum dos professores disse de que "Flusser não tem essa dualidade, contra ou a favor, é como uma tensão", quis passar a ideia de tensão, pra isso pesquisei algumas referências de cartazes e de elementos que me fizessem sentir isso e tentei implementar de um jeito que me agradasse: Sinceramente dessa vez to desviando de 90% dos trabalhos dos colegas por medo de ter ficado muito abaixo, e também fugindo desse meme porque eu senti uma vibe meio parecida KKKKKK

    Para essa tarefa, tivemos de montar um cartaz para um evento fictício com Vilém Flusser, chamado Diálogos com Flusser, localizado na Escola de Arquitetura UFMG e na Internet e o resto seria a nosso critério, mas com uma certa animação que fizesse sentido com o contexto, desse modo, surgiram várias ideias quase  inexequíveis, mas no meio delas "nasceu" essa composição:           Ainda há algumas ideias que pretendo acrescentar e são até que fazíveis, mas para o modelo inicial considerei essa suficiente por hora, ah e teve uma outra versão que eu fiz sem usar esses recortes de revista, foi a primeira na verdade, mas fiquei na dúvida se seria melhor ou não pois os recortes tinham a intenção de remeter a discussão sobre a escrita e não só sobre a imagem, como o efeito inicial faz parecer:  

       Com base nas imagens apresentadas deveriam ser selecionadas no mínimo 20 imagens a serem analisadas com base em figurativo x abstrato e caos x ordem em um plano cartesiano:

    Nessa atividade, fomos divididos em grupos para pesquisar pares de design(ers) e entender porque algumas de suas obras funcionam, no caso do meu grupo: Eu (Cibele), Catarina, Alice, Laura e Delcinir pesquisamos sobre Olivetti, o design italiano dos anos 60 e 70 e Bruce Mau (informação inútil, o grupo demorou um pouco e ficou bem confuso até entender que Olivetti era uma empresa e não uma pessoa KKKK) -1 e 2(Olivetti): Resumindo a apresentação, ambas são bastante limpas, apresentando somente um sintético texto, o produto em si, uma representação do movimento de datilografar em cores primárias chamativas  em um fundo branco, a primeira possui um certo ritmo, as teclas se alinham como um texto, já na segunda as teclas são postas de forma aleatória, ambas usam de camadas, no caso da 1° mais sutil, visível apenas nos arcos amarelos e vermelhos que se sobrepõem, e na 2° de modo mais nítido dada a transparência, além disso, as duas possuem um certo espaçamento entre as later...

     O filme em questão possui muitas nuances únicas tanto em sua estrutura como em sua história, um monopólio midiático que provoca o silêncio da população ao roubar sua voz, e que posteriormente tenta silenciá-la por completo ao tomar suas palavras, adormecendo as pessoas, tornando-as inertes, tudo isso associado à suástica e a estrela de Davi, remetendo o nazismo ao silenciamento, à uma hipnose com intuitos totalitários, em contrapartida à salvação, a libertação, a recuperação da voz. Além disso, a forma como o texto, que em um filme normalmente se porta como uma legenda estática na tela, associada à perda da voz na narrativa, ganha força e expressividade, sendo ativa de tal modo que se movimenta, os personagens e o cenário interagem com ela, a veem e tocam, chegando a adquirir profundidade, se portando em determinado momentos como um objeto no meio da cena. Ademais, o uso da música acrescenta bastante na obra, a maioria dos objetos e ações não produzem som, mas os que...

       Em um primeiro momento, o documentário apresenta um pouco da origem da fonte Helvetica, essa surgira no pós Segunda Guerra, período no qual os designers queriam passar uma ideia de reconstrução frente ao contexto em questão, despontando então "experimentos modernistas", e em determinado ponto uma necessidade de tipos mais racionais, que pudessem ser aplicados em quaisquer meios e com um visual mais moderno, criando-se então "Helvetica", considerada moderna, multifuncional, clara, legível, direta e eficiente, tanto por si só quanto a imagem que comunica. Todavia, diz-se que esta passa a perder seu efeito perante seu uso frequente e ao que fora associada, nascendo então uma reação à ela, uma contraposição, tipografias mais expressivas, subjetivas e irregulares, contudo, posteriormente o passado ordenado retorna  com novas influências e o reinado helvetico segue, segundo alguns designers, dada a sua adaptabilidade. Além disso, o documentário elenca pontos in...

       Partindo d as questões que levantei na análise da palestra, é evidente que a leitura passada serviu para lançar uma luz sobre a palestra como um todo, primeiramente, acerca do questionamento "seria o texto também anti-político?", ignorando a ideia original de anti-político relativa ao contexto de pólis, no texto "Nossa Imagem", Flusser ratifica e explica melhor isso, ao afirmar que, no passado os textos eram utilizados para decodificar a imagem, todavia, os textos deixam de desmitificar as imagens e passa a se pensar em função do texto, surgindo então a tecnoimagem que torna imaginável a mensagem dos textos. Quanto ao segundo questionamento, "a fotografia realmente não possui um ponto de vista político?" esse também foi sanado frente a leitura e as discussões em aula que adentraram o conceito de "político" para ele, perdendo assim o sentido da questão. Já sobre o terceiro questionamento: pode se dizer que a visão de diferentes pontos de vi...

      Após algumas críticas, análise de diversas referências e um drops sobre tipografia e design foi pedido uma nova composição "invertida", dessa vez com texto redesenhando a estrutura e não mais submetido à uma estrutura pré-existente, nisso, montei essa composição:      Nela, usei o princípio da escala nos círculos centrais, movimento e assimetria nos círculos ao redor, e no texto à esquerda utilizei grids para me orientar, no geral há o princípio das cores e camadas , além de transparência para o fundo, e sinceramente, dessa eu gostei bem mais, achei que o drops ajudou MUITO

    Nesta palestra Vilém Flusser discute sobre a imagem, sobre como ela se trata de uma possibilidade de ver o mundo de fora, como ela transforma o mundo em uma cena, e como a imagem serviria inicialmente para orientar, mas ganhara tanta força que houvera uma inversão entre o mundo da experiência e o da imaginação, o que ele chama de "idolatria", mas o que mais me chamara a atenção fora a escrita linear indo de encontro com a imagem. Segundo o filósofo em questão, a escrita permite dissecar a imagem explicando-a, ou seja, ainda que a imagem torne um evento em um acontecimento estático fora de contexto ou de visão política, o texto é capaz de supostamente reverter esse processo e "dar um sentido" à fotografia, todavia, um texto é tão manipulável quanto uma imagem, a seleção de palavras, a escolha do que mostrar e do que esconder, o autor é capaz de se isentar, exibir um ponto de vista ou vários, seria o texto também anti-político? Além disso, após diversas críticas ...

      Durante a aula, na velocidade da luz tivemos que montar uma composição textual com o que tínhamos ao redor usando algumas estratégias pra montar a imagem a ser fotografada, nisso peguei o que tinha na frente que tinha diferentes fontes, tamanhos, repetições e texturas nos textos, surgindo essa imagem:         Aos curiosos, vulgo ninguém, eu usei 1 - remédio pra náusea 2 -band-aid 3 -duas blusas 4 -mangá Children of the Sea(lindo lindo, só falta comprar os outros 4 da saga kk)  5 -contrato da autoescola 6 -livro A Metamorfose 6 -Frases genéricas que eu achei por aí de um kit pra montar scrapbook 7 -um cartão de aniversário que uns primos fizeram pra mim(se alguém quiser dar parabéns atrasado fique a vontade, dia 23/06 passou não faz muito tempo kkkkk) 8- livro O Espaço Urbano (sim, tinha uma piadinha com a palavra ESPAÇO rodeada de coisas e meio cortada, como se não tivesse ESPAÇO pra ela, tendeu, tendeu?)

      Para essa atividade usando alguma das nossas composições antigas da aula passada ou a colagem do photoshop deveria ser inserido um texto sem nexo (lorem Ipsum) na colagem com três hierarquias diferentes, então, depois de mais uma batalha com o programa fiz a seguinte incorporação: Só pra deixar salvo no blog, aqui o texto original:  Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Nam bibendum ligula eu nisi euismod efficitur. Aenean dapibus sapien sit amet est suscipit, et gravida lorem lacinia. In hac habitasse platea dictumst. Integer cursus fringilla diam sit amet laoreet. Quisque nec ex ac neque hendrerit auctor et malesuada odio. Donec at lacus et tortor imperdiet ultricies. Cras augue nisl, ullamcorper ac porta eget, finibus et purus. Integer in purus luctus, consectetur risus sit amet, pulvinar orci. Nullam rutrum semper quam sed porttitor. Curabitur vitae ultricies arcu. E pra matar minha curiosidade, segundo o Google Translate significa: Lorem...